“Eu vos nomeio irmãos e amigos, por serem estes os maiores títulos a identificar na Terra aqueles que se amam como eu vos amei”. – Jesus
Cidadãos e cidadãs...
...a quem eu poderia chamar de irmãos e irmãs, se na Terra fôssemos conscientes da nossa igualdade perante o Cosmo.
Cidadãos e cidadãs...
...a quem eu poderia chamar de irmãos e irmãs, se na Terra fôssemos conscientes da nossa igualdade perante o Cosmo.
No entanto, se assim o fizesse, muitos diriam que estou apelando para a fé do povo e usando o nome do Cristo em vão, para fins políticos, quiçá eleitoreiros.
Em verdade, senhores e senhoras, mesmo sem a necessidade de apelar para qualquer subterfúgio como este, mesmo assim, se não respaldarmos nas leis maiores ditadas pelo Mestre Jesus, de que maneira poderemos, em qualquer lugar, semear a qualidade de vida que queremos ver no mundo?
A humanidade chegou a um limite tal de suportabilidade que nem mesmo os governos conseguem se reaproximar do sentido fraternal das relações interpessoais, tornando-se, eles próprios, carentes de leis que os dirijam para o cumprimento da real cidadania planetária, aquela que reconhece a irmandade entre todos os povos e raças, não importando a sua condição social, financeira, racial ou cultural.
E se não há uma diretriz consciente e comprometida com a população da parte dos governantes, de que maneira a população vai organizar a sua vida a fim de cumprir o mandamento maior do amai-vos uns aos outros, deixado por Jesus?
Não deveríamos, definitivamente, apoiar nossas leis nas mesmas leis ditadas pelo Mestre maior?
Pois isso é que ousaremos cada vez mais, com o passar do tempo, com o objetivo de engrandecermos a nossa sociedade... Criaremos leis que instalem valores sociais como a verdade, a ação correta, o respeito ao próximo, a preservação da dignidade, da paz, do amor maior... Por que não? Só porque isso parece religioso e não político?
Pois eu afirmo que Jesus foi o maior político que tivemos a honra de conhecer. Nada nele feria as leis maiores do Cosmo, leis estas que ele próprio propagava com suas palavras e testemunhava com suas ações. Tudo o que dele emanava seguia um propósito firme, seguro e comprometido com a humanidade, com a população terrena e cósmica. Jamais vimos tanta coerência, profundidade e amplitude em alguém.
Amigos, amigas...
Aparentemente, abordar os temas que Jesus abordou à sua época e que outros grandes mestres como Zoroastro, na Pérsia, ou Confúcio e Lao Tse, na China, também abordaram e testemunharam, faz com que eu me pareça com uma líder religiosa inclinada para a manipulação da fé do povo para fins pessoais.
Não se trata disso, absolutamente! O que quero é dar embasamento refinado, no que diz respeito à realidade cósmico-espiritual, a uma campanha específica pela mudança de valores e paradigmas, mirando no maior exemplo político de que podemos ter referência.
Jesus e seu legado defendem leis nas quais podemos nos guiar para exercer a política do amor, que reconhece cada ser humano como um cidadão universal, um filho do Pai Amantíssimo, com plenos direitos de amar incondicionalmente, ser feliz, ser pleno e realizado, gozando de uma consciência cósmica realmente libertadora.
No entanto, o que vemos em nossa sociedade senão direitos esmagados por uma infinidade de deveres que sequer sabemos se favorecem ou não aos nossos interesses e sonhos de realização?
Nossas leis são leis que julgam o comportamento humano a partir de critérios pessoais... São encobertas por uma máscara egocêntrica que se cria a partir de visões limitadas e de crenças equivocadas que perdem a força e se invalidam com a ação do tempo. Portanto, são leis transitórias como também é transitória cada experiência corpórea na Terra.
Basta nos conscientizarmos de que somos nós os agentes da mudança que queremos ver no mundo para sabermos que a mudança é possível. Gandhi e sua luta desarmada, pacífica, nos ensinaram isto.
E você dirá: “o que importa Gandhi, Lao Tse, Confúcio, Jesus ou Madre Teresa de Calcutá para nós, se eles viveram em outras culturas, em outros países, e nossa realidade é outra, dura e ingrata?”
Eu direi a você que não importa o lugar em que se esteja, a cultura em que se viva... Se houver, nos corações e mentes, a vontade e o firme propósito de vencer as dificuldades e limitações internas, a humanidade poderá mudar.
Com uma mudança íntima sólida, nenhuma fronteira, física ou temporal, nos diferenciará de Gandhi ou de Madre Teresa de Calcutá, porque somos todos capazes de transformar, vencer, ser feliz, através da força poderosa do amor, essa lei maior e absoluta que Jesus viveu integralmente.
Enquanto o mundo discute as mudanças necessárias no mundo, milhões de pessoas continuam sem nutrição, moradia, estudo, atendimento médico adequado, enfim, sem um futuro a conquistar. Não podemos deixar que o governo centralize os problemas sociais nas tribunas das câmaras ou do Senado.
O que proponho aqui é um direcionamento das leis terrenas para as leis maiores, indissolúveis... Pois só assim chegaremos a um consenso que favoreça, de fato, a todos os cidadãos do mundo, como se as fronteiras político-sociais não existissem.
Se assim o fizermos, não apenas a nossa cidade, o nosso estado, o nosso país se favorecerão, mas também todos os povos do mundo se beneficiarão, pois seremos, enquanto espécimes da humanidade, fonte de exemplo e virtude a reconhecer e valorizar o homem, a mulher, a criança e toda a natureza aqui existente.
Respaldados nas leis humanas, os governos e seus representantes exercem seu domínio sobre as massas carentes e com isso roubam o direito de expressão do cidadão e da cidadã que desejam apenas um futuro para darem aos seus filhos, já que perderam as esperanças de conquistar um futuro feliz para si mesmos.
Nossa comunidade se habituou a lutar pelo futuro porque perdeu a esperança no tempo presente. A própria campanha do governo federal dos anos 70 pregava que o Brasil é o país do futuro, impedindo o Brasil de acontecer agora mesmo.
E eu digo que enquanto vivermos sob leis que reafirmam que o Brasil é o país do futuro, este futuro nunca chegará. Nem para mim, nem para você, nem para nosso país, estado ou município, e nem mesmo para o mundo.
Porque o futuro já chegou para três gerações que viveram sob este prisma e nada mudou.
E nós, paulistanos e paulistas, brasileiros, latinos, americanos, mas antes de tudo nós, seres humanos deste maravilhoso mundo azul que nos abriga, queremos a mudança que nos liberte dos grilhões da angústia e do sofrimento.
Queremos uma vida melhor, contas pagas e alimento em nossas mesas... Queremos qualificação profissional, educação e progresso... Queremos trabalhar durante a semana e nos divertir com nossa família aos domingos... Queremos segurança e um tempo certo para cada coisa... Queremos ser plenos e felizes. Mas, sobretudo, queremos leis e pessoas que nos respeitem enquanto cidadãos que somos, que defendam nossa natureza humana destinada à felicidade e à prosperidade. E queremos semear isso à nossa volta e dentro de nós, antes de recebermos do outro, para que usufruamos o prazer maior de dar sem esperar nada em troca, a exemplo do que o próprio Pai faz.
A vitória de Barack Obama, nos Estados Unidos da América, representa o início de uma nova era na política no mundo. Uma era em que o mundo volta a ter esperanças na preservação das espécies, inclusive, a sua própria.
Olharemos para as famílias como um engenheiro olha para os alicerces de um grande edifício. E apoiaremos leis de reforma que favoreçam a educação e a re-educação do nosso povo a fim de elevarmos a condição da família ao patamar da dignidade, no lugar da degradante fórmula atual de violência que faz com que indivíduos de mesmo sangue se estranhem, se destruam, se matem.
Se você guarda um sonho dentro de você, algo que você imagina que pode realizar e que vá, num tempo qualquer, engrandecer sua vida e transformá-la até que ela se torne digna e de qualidade satisfatória, você pode iniciar um movimento de reforma próprio; dentro de você, em sua rua, em seu bairro, em sua cidade. Sugerindo, opinando, fazendo o pouco que lhe cabe.
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